A Guerra e o Meio Ambiente
A guerra no Golfo Pérsico, vergonhosa como as demais, teve o macabro privilégio de ter introduzido, em grande escala, um novo conceito bélico: o de guerra ambiental.
Todos assistimos horrorizados, através dos meios de comunicação, às dramáticas imagens conseqüentes do gigantesco derramamento de petróleo a partir do terminal do porto de Mina Al Ahmadi, no Kuwait. “Os danos previstos para a fauna e a flora da região são devastadores. Nós estamos falando de um tipo de desastre ecológico que o mundo nunca viu”, diz um membro da organização ambientalista Friends of the Earth.
Somado à carga de fumaça tóxica lançada diariamente à atmosfera devido aos incêndios em refinarias, tanques e oleodutos e devido às explosões de bombas “convencionais”, o derramamento no Golfo Pérsico está criando condições ambientais tão desfavoráveis que seus efeitos se farão sentir, em maior ou menor escala, por todo o planeta. Isto sem falar nas armas químicas, biológicas e nucleares, que até o momento em que este texto estava sendo escrito ainda não haviam sido empregadas. Mas até quando?
Pouco importa saber, do ponto de vista ambiental, quem foi o responsável direto pelo derramamento e pelas explosões – certamente não existem mocinhos neste roteiro. Ambos os lados são cúmplices na selvageria com que se agridem, assim como nas mentiras com as quais iludem os seus (e outros) povos, conduzindo-os a sofrimentos e perdas indescritíveis, mas perfeitamente evitáveis caso a política mundial fosse conduzida por pessoas sensatas.
Cabe a nós, então, que temos consciência da fantástica extensão do que está acontecendo e de seus óbvios efeitos negativos, engrossar o coro dos pacifistas, que já se posicionaram contra esta e todas as guerras e protestar. O conflito deve cessar logo e suas conseqüências ecológicas e sociais minimizadas, para que o desastre não seja total.
Que os esforços sejam redobrados no sentido da preservação de nosso meio ambiente; sugerimos, inclusive, que os países hoje em litígio destinem seus poderosos recursos econômicos para projetos conservacionistas, ao invés de empregá-los na concepção e uso de artefatos de destruição em massa.
Finalmente, que não tenhamos mais a tristeza de ver armas produzidas pelo Brasil sendo utilizadas nos campos de batalha do mundo, pois nunca seremos tão pobres que não possamos dispensar dinheiro vindo de fonte tão nefasta.
André Ilha
A guerra no Golfo Pérsico, vergonhosa como as demais, teve o macabro privilégio de ter introduzido, em grande escala, um novo conceito bélico: o de guerra ambiental.
Todos assistimos horrorizados, através dos meios de comunicação, às dramáticas imagens conseqüentes do gigantesco derramamento de petróleo a partir do terminal do porto de Mina Al Ahmadi, no Kuwait. “Os danos previstos para a fauna e a flora da região são devastadores. Nós estamos falando de um tipo de desastre ecológico que o mundo nunca viu”, diz um membro da organização ambientalista Friends of the Earth.
Somado à carga de fumaça tóxica lançada diariamente à atmosfera devido aos incêndios em refinarias, tanques e oleodutos e devido às explosões de bombas “convencionais”, o derramamento no Golfo Pérsico está criando condições ambientais tão desfavoráveis que seus efeitos se farão sentir, em maior ou menor escala, por todo o planeta. Isto sem falar nas armas químicas, biológicas e nucleares, que até o momento em que este texto estava sendo escrito ainda não haviam sido empregadas. Mas até quando?
Pouco importa saber, do ponto de vista ambiental, quem foi o responsável direto pelo derramamento e pelas explosões – certamente não existem mocinhos neste roteiro. Ambos os lados são cúmplices na selvageria com que se agridem, assim como nas mentiras com as quais iludem os seus (e outros) povos, conduzindo-os a sofrimentos e perdas indescritíveis, mas perfeitamente evitáveis caso a política mundial fosse conduzida por pessoas sensatas.
Cabe a nós, então, que temos consciência da fantástica extensão do que está acontecendo e de seus óbvios efeitos negativos, engrossar o coro dos pacifistas, que já se posicionaram contra esta e todas as guerras e protestar. O conflito deve cessar logo e suas conseqüências ecológicas e sociais minimizadas, para que o desastre não seja total.
Que os esforços sejam redobrados no sentido da preservação de nosso meio ambiente; sugerimos, inclusive, que os países hoje em litígio destinem seus poderosos recursos econômicos para projetos conservacionistas, ao invés de empregá-los na concepção e uso de artefatos de destruição em massa.
Finalmente, que não tenhamos mais a tristeza de ver armas produzidas pelo Brasil sendo utilizadas nos campos de batalha do mundo, pois nunca seremos tão pobres que não possamos dispensar dinheiro vindo de fonte tão nefasta.
André Ilha
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